Campeão da Libertadores pelo Grêmio revelou ter depressão por problemas físicos
Em uma recente participação no Charla Podcast, o ex-volante do Grêmio, Michel, relembrou os desafios que enfrentou nos últimos anos, incluindo sete cirurgias e a luta contra a depressão. A difícil jornada começou em 2017, quando Michel foi submetido a uma artroscopia enquanto jogava pelo Grêmio.
Seguindo o primeiro procedimento, Michel continuou a jogar e celebrou a conquista da Taça Libertadores da América. No entanto, o jogador afirma que os problemas começaram a surgir após a intervenção no menisco. Em entrevista ao portal “ge”, o jogador revelou que sente que houve negligência por parte do clube em relação ao seu tratamento.
Problemas decorrentes do procedimento médico
Michel afirma que os efeitos colaterais da artroscopia começaram a ser sentidos logo depois, gerando dor no local da cirurgia. Quando perguntado se houve negligência por parte do clube, o jogador respondeu assertivamente: ” Com certeza. Deveriam ter jogado limpo. Era o mínimo.” Ele também acrescentou que o procedimento cirúrgico acabou removendo toda a cartilagem, causando maiores complicações.
Luta contra a depressão
O desafio não se limitou às lesões físicas. Michel também compartilhou sua luta contra a depressão. Após assinar com o Vasco, as contínuas dores o levaram a um ponto crítico.
“Vim para o Vasco e a mesma coisa: sete jogos e cirurgia. Não aguentava mais jogar de dor. Rescindi com o Vasco, fiquei em casa, e começou a vir problemas. Em 2020, eu decidi tirar minha vida por causa do futebol, pois não conseguia mais jogar. Não queria sair de casa, treinar, decidi tirar minha vida, querer se matar. Eu sei que é forte, mas é a realidade. Não é só eu que passo, não fui o primeiro e não vou ser o último. É importante avisar, pois muitos jogadores passam por isso”, revelou o ex-jogador do Grêmio.
Michel destaca a importância de falar sobre essas questões, pois muitos jogadores enfrentam problemas semelhantes que muitas vezes são ignorados ou não são discutidos abertamente. Apesar dos desafios, a história de Michel é de resistência. Depois de deixar o Operário-PR, o jogador procurou tratamento alternativo e conseguiu aliviar as dores. Agora, aos 33 anos, ele relata estar totalmente recuperado da lesão no joelho e se prepara para retornar ao futebol.